Nota da Stephenie: A maior diferença (e é uma diferença enorme) entre o primeiro rascunho de New Moon e a cópia final é essa: originalmente, Bella nunca descobriu o que havia de errado com Jacob. Naquela época era um livro mais curto, que deixava de fora as setenta páginas cruciais nas quais Jacob e Bella dividem todos os seus segredos e fortalecem sua relação em uma coisa que transcende a amizade.
(Antes que você continue lendo, não deixe que esta versão te confunda. Não foi assim que -realmente aconteceu-. Enquanto o meu conhecimento do personagem de Jacob crescia, essa versão original parecia mais e mais inaceitável. (É claro que Jacob ia quebrar as regras ? ele é Jacob!) Isso é um esqueleto -, só ossos, nada de carne).
Tente imaginar isso: Bella vai até a casa de Jacob pra exigir a verdade sobre o -culto-. Jacob aparece com Sam e os outros, e aí concorda em conversar privadamente com Bella. Ele dispensa ela (na falta de uma palavra melhor pra descrever) e ela fica com o coração partido pela segunda vez no livro. Ok, isso tudo parece familiar. Mas aí naquela noite… nada acontece. Jacob não quebra as regras e entra pela janela dela pra conversar com ela. Jacob não dá nenhuma pista a ela, tentando ajuda-la descobrir o que ela já sabe. Bella ainda está isolada, sozinha. Ela não tem ideia de que Victoria está por aí, caçando ela, ou que os lobisomens estão por lá, protegendo ela.
Bella, no entanto, é persistente demais pra receber um não como resposta de Jacob. Ela não tem os mesmos problemas de auto-merecimento que interferiram em seu relacionamento com Edward de New Moon pra impedi-la aqui. Não, Jacob DEVE a ela mais que isso, droga, e ela vai cobrar o que lhe é devido.
Ela, porém, não consegue encontrar ele, e eventualmente a procura dela a leva até o topo dos penhascos. Ela se lembra de observar – a gangue- mergulhar em direção à plenitude ? vocês sabem como ela fica boba com suas alucinações. Mergulhar de penhascos é a inspiração dela nessa versão. Quando Jacob salva a vida dela dessa vez, a interação entre eles sofre uma virada de 180 graus da versão final…
-Como nós vamos sair daqui?- Eu tossi e botei as palavras pra fora. Eu estava com tanto frio agora que não conseguia sentir muito mais além do calor do corpo dele enquanto lê me segurava cuidadosamente acima das ondas, e as dores nas minhas costas. Parecia que a corrente estava puxando as minhas pernas, sem querer desistir, mas elas estavam dormentes e eu podia estar só imaginando.
-Eu vou te rebocar até a praia. Você vai ficar imóvel como se estivesse inconsciente e não vai lutar. Isso vai facilitar as coisas-.
-Jake-, eu disse ansiosamente. -A água é forte demais. Você provavelmente não vá conseguir nem sozinho, quanto mais me levando-.
-Eu te pesquei, não foi?- Ele estava me segurando com força demais pra que eu pudesse ver seu rosto, mas a voz dele estava presumida.
-Você pescou-, eu disse duvidosamente. -Como você fez isso? A corrente…-
-Eu sou mais forte do que você-
Eu teria discutido, mas bem nessa hora a água resolveu sair do meu estômago.
-Tudo bem-, ele disse, quando eu terminei de vomitar. -Eu preciso te tirar daqui. Lembre-se, fique parada-.
Eu estava fraca demais pra discutir, mas eu estava morrendo de medo de abandonar a segurança das rochas e deixas as ondas me pegarem de novo. Reconciliada como eu estava com a ideia de que eu estava me afogando há dois minutos atrás, agora eu estava com medo. Eu não queria voltar para a escuridão. Eu não queria que a água cobrisse meu rosto novamente.
Eu pude sentir quando Jacob pulou da rocha. Eu estava de costas e ele estava me segurando por baixo dos braços enquanto se impulsionava para a costa. A água agitada nos alcançou, e eu entrei em pânico e comecei a chutar.
-Pare com isso-, ele disparou.
Eu lutei pra ficar imóvel, e era mais difícil do que eu havia imaginado, mesmo apesar dos meus membros exaustos, doloridos não quererem nada além de ficar imóveis.
Foi incrível ? nós passamos através da água como se uma linha estivesse nos guiando até a costa. Jacob era o nadador mais forte que eu já havia visto. Os empurrões e apertos da corrente pareciam inúteis pra romper a forte rota que ele havia cortado através das ondas. E ele era rápido. Recorde mundial de velocidade.
Aí eu senti areia arranhando os meus joelhos.
-Tudo bem, você pode se levantar, Bella-.
Assim que ele me largou, eu caí de cara nas primeiras ondas que tinham a altura do meu joelho.
Ele me puxou pra fora antes que eu pudesse botar mais água pra dentro, me jogando com facilidade por cima de seu ombro e marchando pela areia. Ele não disse nada, mas a respiração dele parecia irritada.
-Bem ali-, ele murmurou pra si mesmo, e mudou de direção. Eu só pude ver, enquanto oscilava no ombro dele, seu pé descalço deixando pegadas enormes na areia molhada.
Ele me colocou numa trilha de areia que realmente parecia seca. Estava escuro aqui ? eu me dei conta de que estávamos em uma caverna superficial que a maré havia separado das rochas. A chuva não podia me alcançar diretamente, mas pequenos salpicos de chuvisco chicoteavam na areia lá fora e batiam em mim.
Eu estava tremendo com tanta força que os meus dentes estavam se batendo ? o som parecia com o de castanholas em alto volume.
-Venha aqui-, Jacob disse, mas eu não tive que me mexer. Ele passou seus braços ao meu redor e me segurou com força em seu peito nu. Eu estremecia, mas ele estava imóvel. A pele dele estava quente demais ? como se a febre tivesse voltado.
-Você não está congelando?-, eu gaguejei.
-Não-
Eu me senti envergonhada. Não apenas ele tinha sido exponencialmente melhor que eu na água, mas agora ele tinha que me fazer parecer ainda mais fraca.
-Eu sou uma fracassada-, eu murmurei.
-Não, você é normal- A amargura estava lá na voz dele. Ele mudou de assunto rapidamente, sem me dar a chance de perguntar o que ele estava querendo dizer. -Será que você se importa em me dizer o que diabos você pensou que estava fazendo?- Ele quis saber.
-Mergulhando do penhasco. Recreação-. Inacreditável, mas ainda havia água no meu estômago. Ela escolheu esse momento pra reaparecer.
Ele esperou até que eu pudesse respirar de novo. -Parece que você se divertiu-.
-Eu me diverti, até atingir a água. Será que não devíamos procurar alguma ajuda ou coisa assim?- Meus dentes ainda estavam se chocando, mas ele entendeu o que eu disse.
-Eles estão vindo-.
-Quem está vindo?- Eu perguntei, suspeitando, e surpresa.
-Sam e os outros-.
Eu fiz uma careta. -Como eles vão saber que precisamos de ajuda?- Meu tom estava cético.
Ele bufou. -Porque eles me viram correr e me jogar no penhasco atrás de você-.
-Você estava me observando?- Eu acusei com fraco ultraje.
-Não, eu te ouvi gritar. Se eu tivesse te visto eu teria te parado. Aquilo foi muito estúpido, sabe-.
-Seus amigos fazem isso-.
-Eles são mais fortes que você-.
-Eu sou uma boa nadadora-. Eu protestei, apesar das provas em contrário.
-Em uma piscina de plástico-, ele discutiu. -Bella, tem um furação se formando aqui. Você não considerou isso nem um pouco?-
-Não-, eu admiti.
-Estúpida-, ele repetiu.
-É-. Eu concordei com um suspiro. Eu estava com muito frio e muito cansada.
-Fique acordada-, Jacob me sacudiu com força.
-Corta essa-, eu insisti. -Eu não vou dormir.-
-Então abra seus olhos-.
Verdadeiramente, eu não percebi que eles estavam fechados. Eu não disse isso a ele. Eu simplesmente os abri e disse. -Tá bom-.
-Jacob?- O chamado soou claramente apesar do barulho do vento e das ondas. A voz era muito profunda.
Jacob se inclinou pra longe pra não gritar no meu ouvido. -Na caverna, Sam!-
Eu não ouvi eles se aproximando. Abruptamente, a pequena caverna estava lotada de pernas marrom-escuras. Eu olhei pra cima, sabendo que meus olhos estavam cheios de desconfiança e raiva, consciente da proximidade de Jacob. Seus braços me protegiam, mas de repente eu senti eu era a protetora.
O rosto calmo de Sam foi a primeira coisa que eu vi. Uma confusa sensação de déjà vu me dominou. A caverna escura não era muito diferente da floresta à noite, e, de novo, eu estava fraca e desamparada a seus pés. Ele estava me salvando de novo. Eu encarei ele, incomodada.
-Ela está bem?- ele perguntou a Jacob com a voz segura do único adulto entre as crianças.
-Eu estou bem-, eu murmurei.
Ninguém me ouviu.
-Nós precisamos aquecê-la ? ela está ficando sonolenta- Jacob respondeu pra ele.
-Embry?- Sam chamou, e um dos garotos deu um passo à frente pra entregar uma pilha de cobertores a Jacob. O tom de comando na voz de Sam me irritou imensamente.
Era como se nenhum deles pudesse fazer alguma coisa até que ele desse permissão. Eu o encarei ferozmente enquanto Jacob enrolava os cobertores grossos ao meu redor.
-Vamos tirar ela daqui-, Sam instruiu calmamente. Ele se inclinou na minha direção com as mãos pra fora, mas parou quando eu me afastei dele.
-Eu levo ela, Sam-, Jacob disse, colocando seus braços embaixo de mim e me levantando fluidamente enquanto ficava de pé.
-Eu posso andar-, eu protestei.
-Tá bom-, Jacob me colocou de pé e esperou.
Meus joelhos fraquejaram. Sam me segurou enquanto eu caía; instintivamente, eu lutei contra as mãos dele.
Jacob me agarrou de novo, me puxando pra longe de Sam e me jogando em seus braços. Ele era ridiculamente forte pra sua idade. Eu fiz uma careta furiosa quando Sam apertou os cobertores ao meu redor.
-Paul, você está com aquela capa de chuva?-
Outro garoto deu um passo à frente sem dizer uma palavra e adicionou uma camada de plástico pra cobrir os cobertores.
Foi nesse ponto, embrulhada em camadas de proteção, que eu me dei cota de que Sam e os outros não estavam mais vestidos do que Jacob. Eu tinha presumido que Jacob havia tirado a maioria de suas roupas antes de pular atrás de mim, mas eles estavam todos de pés descalços e com os peitos nus, cada um deles usando apenas shorts ou um par de jeans cortados, pingando de tão molhados pela chuva. A chuva pingava de seus cabelos e deslizava em curvas pelo marrom suave dos seus peitos; eles não pareciam notar. Embaixo da minha pilha de cobertores, eu tremia incontrolavelmente e me sentia como um bebê ridículo.
-Vamos-, Sam ordenou, e eles saíram da caverna.
Havia uma trilha que seguia praia acima. Eles se moviam agilmente pelo caminho íngreme, Jacob tão rapidamente como o resto. Ninguém se ofereceu para ajuda-lo, e ele nunca pediu ajuda. Jacob não parecia estar incomodado por suas mãos não estarem livres. Ele nunca vacilou
Sam e os outros três iam na nossa frente, e, enquanto eu observava subirem com facilidade pela montanha, eu fiquei surpreendida de ver o quanto eles combinavam bem o caminho natural. Eles se camuflavam harmoniosamente com as cores das rochas e das árvores, o movimento do vento; eles pertenciam a esse lugar.
Eu olhei pra Jacob, e ele combinava também. As nuvens e a tempestade e a floresta emolduravam seu novo rosto perfeitamente. Ele parecia até mais natural, mais em casa, do que o meu Jacob feliz já havia parecido em sua garagem caseira, o seu próprio reino. Isso era perturbador.
Nós havíamos chegado mais longe na estrada do que eu havia imaginado. Eu podia ver um vago caroço, com uma cor ruiva à Sul, e eu adivinhei que ele fosse minha caminhonete.
Eu queria tentar caminhar de novo, mas Jacob ignorou meus rogos murmurados. Eles ficaram na extremidade da floresta, como se eles pudessem se mover com mais velocidade entre as árvores do que na estrada. E eles estavam se movendo rapidamente; a minha caminhonete estava se aproximando mais rapidamente do que devia.
-Onde estão as suas chaves?- Jacob perguntou enquanto nos aproximávamos. A respiração dele ainda estava uniforme e regular.
-No meu bolso-, eu respondi automaticamente antes de me dar conta do que ele estava sugerindo.
-Dê elas pra mim-.
Eu encarei ele, mas o rosto dele estava calmo e determinado. Solenemente, eu forcei minha mão a entrar no meu jeans molhado e procurei minha chave. Eu afastei os cobertores até que minha mão estava livre. Eu a levantei.
-Pra você ou pra Sam?- eu perguntei amargamente.
Ele revirou os olhos. -Eu vou dirigir-.
Em um movimento súbito, rápido, ele inclinou a cabeça na minha direção e arrancou a chave da minha mão com os dentes.
-Hey!- eu me opus, assustada, enquanto pulava nos braços dele.
Ele sorriu maliciosamente através da chave.
A seção anterior pareceu uma boa introdução para o epílogo original de New Moon. Enquanto nós continuamos nesse universo alternativo, lembre que, enquanto Bella sabe que há algo errado com Jacob, ela ainda não faz idéia de que ele é um lobisomem. No epílogo, ela e Edward estão juntos de novo em Forks, e as coisas estão de volta ao normal…
(Antes que você continue lendo, não deixe que esta versão te confunda. Não foi assim que -realmente aconteceu-. Enquanto o meu conhecimento do personagem de Jacob crescia, essa versão original parecia mais e mais inaceitável. (É claro que Jacob ia quebrar as regras ? ele é Jacob!) Isso é um esqueleto -, só ossos, nada de carne).
Tente imaginar isso: Bella vai até a casa de Jacob pra exigir a verdade sobre o -culto-. Jacob aparece com Sam e os outros, e aí concorda em conversar privadamente com Bella. Ele dispensa ela (na falta de uma palavra melhor pra descrever) e ela fica com o coração partido pela segunda vez no livro. Ok, isso tudo parece familiar. Mas aí naquela noite… nada acontece. Jacob não quebra as regras e entra pela janela dela pra conversar com ela. Jacob não dá nenhuma pista a ela, tentando ajuda-la descobrir o que ela já sabe. Bella ainda está isolada, sozinha. Ela não tem ideia de que Victoria está por aí, caçando ela, ou que os lobisomens estão por lá, protegendo ela.
Bella, no entanto, é persistente demais pra receber um não como resposta de Jacob. Ela não tem os mesmos problemas de auto-merecimento que interferiram em seu relacionamento com Edward de New Moon pra impedi-la aqui. Não, Jacob DEVE a ela mais que isso, droga, e ela vai cobrar o que lhe é devido.
Ela, porém, não consegue encontrar ele, e eventualmente a procura dela a leva até o topo dos penhascos. Ela se lembra de observar – a gangue- mergulhar em direção à plenitude ? vocês sabem como ela fica boba com suas alucinações. Mergulhar de penhascos é a inspiração dela nessa versão. Quando Jacob salva a vida dela dessa vez, a interação entre eles sofre uma virada de 180 graus da versão final…
-Como nós vamos sair daqui?- Eu tossi e botei as palavras pra fora. Eu estava com tanto frio agora que não conseguia sentir muito mais além do calor do corpo dele enquanto lê me segurava cuidadosamente acima das ondas, e as dores nas minhas costas. Parecia que a corrente estava puxando as minhas pernas, sem querer desistir, mas elas estavam dormentes e eu podia estar só imaginando.
-Eu vou te rebocar até a praia. Você vai ficar imóvel como se estivesse inconsciente e não vai lutar. Isso vai facilitar as coisas-.
-Jake-, eu disse ansiosamente. -A água é forte demais. Você provavelmente não vá conseguir nem sozinho, quanto mais me levando-.
-Eu te pesquei, não foi?- Ele estava me segurando com força demais pra que eu pudesse ver seu rosto, mas a voz dele estava presumida.
-Você pescou-, eu disse duvidosamente. -Como você fez isso? A corrente…-
-Eu sou mais forte do que você-
Eu teria discutido, mas bem nessa hora a água resolveu sair do meu estômago.
-Tudo bem-, ele disse, quando eu terminei de vomitar. -Eu preciso te tirar daqui. Lembre-se, fique parada-.
Eu estava fraca demais pra discutir, mas eu estava morrendo de medo de abandonar a segurança das rochas e deixas as ondas me pegarem de novo. Reconciliada como eu estava com a ideia de que eu estava me afogando há dois minutos atrás, agora eu estava com medo. Eu não queria voltar para a escuridão. Eu não queria que a água cobrisse meu rosto novamente.
Eu pude sentir quando Jacob pulou da rocha. Eu estava de costas e ele estava me segurando por baixo dos braços enquanto se impulsionava para a costa. A água agitada nos alcançou, e eu entrei em pânico e comecei a chutar.
-Pare com isso-, ele disparou.
Eu lutei pra ficar imóvel, e era mais difícil do que eu havia imaginado, mesmo apesar dos meus membros exaustos, doloridos não quererem nada além de ficar imóveis.
Foi incrível ? nós passamos através da água como se uma linha estivesse nos guiando até a costa. Jacob era o nadador mais forte que eu já havia visto. Os empurrões e apertos da corrente pareciam inúteis pra romper a forte rota que ele havia cortado através das ondas. E ele era rápido. Recorde mundial de velocidade.
Aí eu senti areia arranhando os meus joelhos.
-Tudo bem, você pode se levantar, Bella-.
Assim que ele me largou, eu caí de cara nas primeiras ondas que tinham a altura do meu joelho.
Ele me puxou pra fora antes que eu pudesse botar mais água pra dentro, me jogando com facilidade por cima de seu ombro e marchando pela areia. Ele não disse nada, mas a respiração dele parecia irritada.
-Bem ali-, ele murmurou pra si mesmo, e mudou de direção. Eu só pude ver, enquanto oscilava no ombro dele, seu pé descalço deixando pegadas enormes na areia molhada.
Ele me colocou numa trilha de areia que realmente parecia seca. Estava escuro aqui ? eu me dei conta de que estávamos em uma caverna superficial que a maré havia separado das rochas. A chuva não podia me alcançar diretamente, mas pequenos salpicos de chuvisco chicoteavam na areia lá fora e batiam em mim.
Eu estava tremendo com tanta força que os meus dentes estavam se batendo ? o som parecia com o de castanholas em alto volume.
-Venha aqui-, Jacob disse, mas eu não tive que me mexer. Ele passou seus braços ao meu redor e me segurou com força em seu peito nu. Eu estremecia, mas ele estava imóvel. A pele dele estava quente demais ? como se a febre tivesse voltado.
-Você não está congelando?-, eu gaguejei.
-Não-
Eu me senti envergonhada. Não apenas ele tinha sido exponencialmente melhor que eu na água, mas agora ele tinha que me fazer parecer ainda mais fraca.
-Eu sou uma fracassada-, eu murmurei.
-Não, você é normal- A amargura estava lá na voz dele. Ele mudou de assunto rapidamente, sem me dar a chance de perguntar o que ele estava querendo dizer. -Será que você se importa em me dizer o que diabos você pensou que estava fazendo?- Ele quis saber.
-Mergulhando do penhasco. Recreação-. Inacreditável, mas ainda havia água no meu estômago. Ela escolheu esse momento pra reaparecer.
Ele esperou até que eu pudesse respirar de novo. -Parece que você se divertiu-.
-Eu me diverti, até atingir a água. Será que não devíamos procurar alguma ajuda ou coisa assim?- Meus dentes ainda estavam se chocando, mas ele entendeu o que eu disse.
-Eles estão vindo-.
-Quem está vindo?- Eu perguntei, suspeitando, e surpresa.
-Sam e os outros-.
Eu fiz uma careta. -Como eles vão saber que precisamos de ajuda?- Meu tom estava cético.
Ele bufou. -Porque eles me viram correr e me jogar no penhasco atrás de você-.
-Você estava me observando?- Eu acusei com fraco ultraje.
-Não, eu te ouvi gritar. Se eu tivesse te visto eu teria te parado. Aquilo foi muito estúpido, sabe-.
-Seus amigos fazem isso-.
-Eles são mais fortes que você-.
-Eu sou uma boa nadadora-. Eu protestei, apesar das provas em contrário.
-Em uma piscina de plástico-, ele discutiu. -Bella, tem um furação se formando aqui. Você não considerou isso nem um pouco?-
-Não-, eu admiti.
-Estúpida-, ele repetiu.
-É-. Eu concordei com um suspiro. Eu estava com muito frio e muito cansada.
-Fique acordada-, Jacob me sacudiu com força.
-Corta essa-, eu insisti. -Eu não vou dormir.-
-Então abra seus olhos-.
Verdadeiramente, eu não percebi que eles estavam fechados. Eu não disse isso a ele. Eu simplesmente os abri e disse. -Tá bom-.
-Jacob?- O chamado soou claramente apesar do barulho do vento e das ondas. A voz era muito profunda.
Jacob se inclinou pra longe pra não gritar no meu ouvido. -Na caverna, Sam!-
Eu não ouvi eles se aproximando. Abruptamente, a pequena caverna estava lotada de pernas marrom-escuras. Eu olhei pra cima, sabendo que meus olhos estavam cheios de desconfiança e raiva, consciente da proximidade de Jacob. Seus braços me protegiam, mas de repente eu senti eu era a protetora.
O rosto calmo de Sam foi a primeira coisa que eu vi. Uma confusa sensação de déjà vu me dominou. A caverna escura não era muito diferente da floresta à noite, e, de novo, eu estava fraca e desamparada a seus pés. Ele estava me salvando de novo. Eu encarei ele, incomodada.
-Ela está bem?- ele perguntou a Jacob com a voz segura do único adulto entre as crianças.
-Eu estou bem-, eu murmurei.
Ninguém me ouviu.
-Nós precisamos aquecê-la ? ela está ficando sonolenta- Jacob respondeu pra ele.
-Embry?- Sam chamou, e um dos garotos deu um passo à frente pra entregar uma pilha de cobertores a Jacob. O tom de comando na voz de Sam me irritou imensamente.
Era como se nenhum deles pudesse fazer alguma coisa até que ele desse permissão. Eu o encarei ferozmente enquanto Jacob enrolava os cobertores grossos ao meu redor.
-Vamos tirar ela daqui-, Sam instruiu calmamente. Ele se inclinou na minha direção com as mãos pra fora, mas parou quando eu me afastei dele.
-Eu levo ela, Sam-, Jacob disse, colocando seus braços embaixo de mim e me levantando fluidamente enquanto ficava de pé.
-Eu posso andar-, eu protestei.
-Tá bom-, Jacob me colocou de pé e esperou.
Meus joelhos fraquejaram. Sam me segurou enquanto eu caía; instintivamente, eu lutei contra as mãos dele.
Jacob me agarrou de novo, me puxando pra longe de Sam e me jogando em seus braços. Ele era ridiculamente forte pra sua idade. Eu fiz uma careta furiosa quando Sam apertou os cobertores ao meu redor.
-Paul, você está com aquela capa de chuva?-
Outro garoto deu um passo à frente sem dizer uma palavra e adicionou uma camada de plástico pra cobrir os cobertores.
Foi nesse ponto, embrulhada em camadas de proteção, que eu me dei cota de que Sam e os outros não estavam mais vestidos do que Jacob. Eu tinha presumido que Jacob havia tirado a maioria de suas roupas antes de pular atrás de mim, mas eles estavam todos de pés descalços e com os peitos nus, cada um deles usando apenas shorts ou um par de jeans cortados, pingando de tão molhados pela chuva. A chuva pingava de seus cabelos e deslizava em curvas pelo marrom suave dos seus peitos; eles não pareciam notar. Embaixo da minha pilha de cobertores, eu tremia incontrolavelmente e me sentia como um bebê ridículo.
-Vamos-, Sam ordenou, e eles saíram da caverna.
Havia uma trilha que seguia praia acima. Eles se moviam agilmente pelo caminho íngreme, Jacob tão rapidamente como o resto. Ninguém se ofereceu para ajuda-lo, e ele nunca pediu ajuda. Jacob não parecia estar incomodado por suas mãos não estarem livres. Ele nunca vacilou
Sam e os outros três iam na nossa frente, e, enquanto eu observava subirem com facilidade pela montanha, eu fiquei surpreendida de ver o quanto eles combinavam bem o caminho natural. Eles se camuflavam harmoniosamente com as cores das rochas e das árvores, o movimento do vento; eles pertenciam a esse lugar.
Eu olhei pra Jacob, e ele combinava também. As nuvens e a tempestade e a floresta emolduravam seu novo rosto perfeitamente. Ele parecia até mais natural, mais em casa, do que o meu Jacob feliz já havia parecido em sua garagem caseira, o seu próprio reino. Isso era perturbador.
Nós havíamos chegado mais longe na estrada do que eu havia imaginado. Eu podia ver um vago caroço, com uma cor ruiva à Sul, e eu adivinhei que ele fosse minha caminhonete.
Eu queria tentar caminhar de novo, mas Jacob ignorou meus rogos murmurados. Eles ficaram na extremidade da floresta, como se eles pudessem se mover com mais velocidade entre as árvores do que na estrada. E eles estavam se movendo rapidamente; a minha caminhonete estava se aproximando mais rapidamente do que devia.
-Onde estão as suas chaves?- Jacob perguntou enquanto nos aproximávamos. A respiração dele ainda estava uniforme e regular.
-No meu bolso-, eu respondi automaticamente antes de me dar conta do que ele estava sugerindo.
-Dê elas pra mim-.
Eu encarei ele, mas o rosto dele estava calmo e determinado. Solenemente, eu forcei minha mão a entrar no meu jeans molhado e procurei minha chave. Eu afastei os cobertores até que minha mão estava livre. Eu a levantei.
-Pra você ou pra Sam?- eu perguntei amargamente.
Ele revirou os olhos. -Eu vou dirigir-.
Em um movimento súbito, rápido, ele inclinou a cabeça na minha direção e arrancou a chave da minha mão com os dentes.
-Hey!- eu me opus, assustada, enquanto pulava nos braços dele.
Ele sorriu maliciosamente através da chave.
A seção anterior pareceu uma boa introdução para o epílogo original de New Moon. Enquanto nós continuamos nesse universo alternativo, lembre que, enquanto Bella sabe que há algo errado com Jacob, ela ainda não faz idéia de que ele é um lobisomem. No epílogo, ela e Edward estão juntos de novo em Forks, e as coisas estão de volta ao normal…
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Não tem conta no google ou algo do tipo?!
Não tem problema pode comenta de qualquer jeito.
PS: Caso tenha algum nome ou palavra errada no blog nos avise por favor. Afinal errar é humano.
Muito obrigada pela visita e pelo comentario. Você sem duvida é muito importante pra gente.