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Fanfic Solstício - Capitulo 3 (2ª parte)

quarta-feira, 21 de julho de 2010




Capitulo 3 - Os últimos preparativos


– É maravilhoso que os planos anteriores tenham sofrido algumas alterações, não é Jake?! Já não teremos que nos preocupar em envolver tanta decoração com lonas de plástico até a hora da festa... – ele disse, colocando uma mão em meu ombro.

– É verdade! – eu não conseguia pronunciar muita coisa quando o assunto era aquele...

– Isso tudo graças a você! Sinceramente, eu te agradeço! – ele fez uma cara engraçada. Parecia que comemorava uma vitória, mas não queria que as garotas notassem. Aquilo me fez relaxar um pouco.

– Foi um prazer! Quando precisar, estarei às ordens.

– Excelente, Jake! – seu sorriso gentil me deixou muito satisfeito comigo mesmo. Ele observou o céu por mais alguns segundos, depois voltou para ajudar Jasper a pendurar uma faixa grande e cor de pérola, com o nome “Renesmee” no centro.

Achei muito cômico que Carlisle estivesse aliviado com a minha intervenção, principalmente por que ele sempre me parecia tão solícito quando Alice lhe atribuía tarefas absurdas, como podar os arbustos do quintal em formato de “estátuas de Renesmee”, por exemplo. Fiquei mais tranqüilo ao saber que eu havia beneficiado mais de uma pessoa, afinal. A voz delicada de Nessie interrompeu a revoada dos meus pensamentos.

– Eu espero que você não sofra tanto com a presença dos nossos convidados, Jake! Sinto tanto pela questão do nosso cheiro... – ela pareceu desanimada.

É mesmo, não demoraria muito e aquele lugar estaria cheio de vampiros, vindos de todos os cantos do planeta. Me arrepiava só de pensar. Seria exatamente como a sete anos atrás, só que em circunstâncias infinitamente mais agradáveis. Mesmo assim, não cria que esse detalhe fosse interferir muito no aroma enjoativo que iria empestear o ambiente, durante a estadia deles! Não fiquei muito tempo perdido nas recordações, pois um aspecto da preocupação de Nessie me alarmou. Ela se incluiu quando disse “nosso cheiro”, convicta de que essa era a realidade. Mas não era, nem nunca foi. O cheiro de Renesmee, eu poderia dizer sem dúvida, era o que dava sentido à palavra “agradável” no meu conceito. Era uma mistura de vampiro com humano, que estranhamente resultava em algo fascinante, pelo menos para mim. Me perturbou o fato de ela pensar isso de si mesma: que, de algum modo, ela me incomodasse. Segurei seu queixo, obrigando seus olhos a irem de encontro com os meus. Novamente, a sensação agradável fluiu por meu corpo através do toque.

– Seu cheiro nunca me incomodaria. Muito pelo contrário! E não se preocupe com nada. Eu não perderia essa festa nem que 1000 vampiros tivessem sido convidados!

Ela não pode conter o riso e eu me certifiquei de que estava bem outra vez. Se não fosse por aquele mínimo desconforto que ela parecia sentir agora, quando ficávamos juntos, estaria tudo perfeito. Nossos olhares se demoraram um no outro algum tempo.

– Ei Jake! Você vai contribuir com alguma coisa, ou vai ficar o dia todo aí, fofocando com a aniversariante?!

Obrigado Emmett! Olhei de soslaio para ele. Renesmee mostrou a língua e ele sorriu satisfeito. Apesar de ter acabado com nossa atmosfera feliz, sua intromissão me despertou para um detalhe importante: Ainda havia tempo pra que eu realmente ajudasse de algum jeito! Me apressei em ir até onde eles estavam, dando uma piscadela para ela, pra que não se sentisse deixada de lado. Ela foi se juntar às garotas.
O dia inteiro transcorreu de maneira bem acelerada. Estávamos todos envolvidos no processo de criação e execução do que faltava para transformar a mansão Cullen em um pedaço do paraíso. Nessie, é claro, foi proibida de realizar qualquer tarefa que fosse. Mas agora, sua opinião era constantemente requisitada e ela estava muito animada com tudo aquilo. No comecinho da tarde, a tempestade já começou a protestar do lado de fora, lançando raios e trovões com violência e empurrando rajadas de vento contra as vidraças. Era difícil pra qualquer um de nós crer que amanhã realmente seria um dia sem chuva, e Alice não podia garantir muita coisa, já que minha presença dificultava a manifestação do seu dom.
Nessie, felizmente, continuou radiante! De vez em quando eu me distraía, admirando-a de longe. Quando seu olhar se encontrava com o meu, eu desviava o rosto, voltando ao que estava fazendo. Numa dessas espiadinhas, eu dei de cara com Edward, que me secou com um olhar sombrio. Mais o que é que estava acontecendo com esse cara?! Deve ter por fim tido um vislumbre das imagens em minhas lembranças, que ocasionalmente vinham a tona, por mais que eu lutasse contra. Droga! Eu comecei a trabalhar em um painel colorido, que iria conter várias fotos dela, desde quando era apenas um bebê, até os dias atuais, além de algumas mensagens escritas por todos. Seria a minha surpresa para ela! Bella, Alice e Esme estavam me ajudando, agora que não restava muita coisa a ser feita com o resto da decoração. Rosalie não se entusiasmou com minhas intenções e recusou participar, dando a desculpa de que iria distrair Nessie para que ela não visse o que estávamos fazendo. Eu nem fazia questão de sua presença, mas tive que ficar agradecido no fim, pois ela cumpriu com perfeição o que prometeu. Nessie e ela foram se ocupar em escolher a nova cor das toalhas de mesa. Nosso trabalho foi ficando, pouco a pouco, um primor.
Os caras agora estavam assistindo a algum jogo na tv. Emmet dava uns gritos de vez em quando que estremeciam as paredes e Alice temia pelos ornamentos. O painel ficou pronto em pouco tempo e eu fiquei muito contente com o resultado final. O deixamos em um canto reservado da casa, pra exibir somente durante a festa. Tudo estava relativamente terminado, só faltavam os convidados. Todos estávamos agora relaxando.
Após o jogo na televisão, Carlisle organizou uma mesa de poker e Alice desafiou Edward para uma partida de xadrez {Já que nenhum dos dois tinha permissão para jogar nenhum jogo de sorte. O motivo era bem óbvio...}. A diversão durou horas e horas, que nenhum de nós notou até o momento em que Nessie começou a bocejar. Já passavam das 3:00 da manhã quando Edward foi levá-la para dormir no chalé. Quando ele retornou, todos se colocaram de pé num salto e eu não entendi o que estava acontecendo. Fizeram uma reunião em círculo em que eu me vi incluído de repente. Carlisle falou primeiro:

– Muito bem, pessoal, é a nossa chance! Eu e os rapazes iremos até o depósito da concessionária, enquanto vocês meninas ficam aqui, atentas a qualquer sinal de consciência de Renesmee, certo?!

Todos assentiram e eu fui subitamente arrastado pelo braço por Emmett, continuando a não entender nada. Jasper percebeu que eu estava boiando.

– Não se preocupe. Você vai se surpreender bastante! – e virou-se de volta, enquanto andávamos até a garagem. O que ele disse somente acentuou minha confusão...

Fui empurrado para dentro do carro {nem sabia a quem pertencia aquela nave espacial em que entramos. Só soube quando Carlisle se sentou no banco do motorista!}. Fiquei espremido entre Edward e Emmet. Jasper se sentou no banco do carona. Num piscar de olhos, estávamos voando por sobre o asfalto escuro da rodovia. Eu gostaria muito de saber que depósito eles pretendiam encontrar aberto àquela hora da madrugada... Eu ocasionalmente me virava para Edward para tentar extrair dele alguma informação, mas o cara estava imerso em seus pensamentos, enquanto olhava através do vidro da janela. Num dado momento, ele se impacientou com minha inquietação e disse, friamente:

– Relaxe e pare de se mexer tanto!

Credo, ele estava muito esquisito, arredio... Eu não estava acostumado com ele bancando o mandão rabugento. Me encolhi, lembrando da atribuição que dei àquele comportamento hoje mais cedo. Vi que ele ergueu uma sobrancelha quando formei o pensamento. Céus, aquilo era embaraçoso demais!!

Passaram-se aproximadamente uns 30 minutos, até que paramos diante de uma cerca metálica fechada, dessas que se vêem mesmo em depósitos. Tudo estava escuro ao redor do carro e eu não me surpreendi como Jasper me garantiu que iria. Carlisle buzinou duas vezes, então vários holofotes vindos de dentro do portão se acenderam, revelando centenas de carros enfileirados. E não eram carros comuns, eram todos importados! As marcas mais conceituadas do mundo estavam reunidas ali. Eu não fazia idéia de que Forks era agora um ponto de distribuição de carros com aquele porte... Vi o vulto de uma pessoa bem ao longe, num galpão, quando a cerca rolou, abrindo passagem para nós. Fomos em direção a ele, passando pelo imenso estacionamento, então o carro parou em frente à construção. Descemos todos.
Emmett, colocando aquele seu braço enorme ao redor do meu ombro, me conduziu junto com o grupo até nos aproximarmos de um homemzinho gordo e visivelmente cansado, com a idade entre 45 e 50 anos, que estava à nossa espera.

– Poxa, até que enfim vocês apareceram! Já estava quase indo embora... – ele disse, impaciente. Quando entramos no campo da luminosidade que vinha de dentro do galpão, seus ombros encolheram e ele engoliu em seco. Éramos realmente um grupo, no mínimo, intimidador.

– Peço mil desculpas – Carlisle parecia sempre envolvido por uma energia sublime – mas é que minha família e eu perdemos a noção do tempo. Estamos às vésperas de uma celebração, como sabe.

– Está certo então... – ele ficou desconcertado com seus modos elegantes – Venham, o veículo está logo ali mais a frente.

Seguimos o gorduchinho, que nos levou até o ponto onde havia um carro oculto debaixo de uma capa cinza. Inacreditável, eles estavam fazendo a aquisição de mais uma veículo! Como se já não tivessem carros de luxo o suficiente na família...

– É este aqui!

– Podemos dar uma olhada?! – Jasper se pronunciou, a curiosidade dele era somente para avaliar minha reação, pois ele já o tinha visto antes provavelmente.

– Com certeza! – o homem consentiu.

Ele mesmo abriu o zíper lateral da capa e a retirou. Se eu não conhecesse bem os Cullen, diria que Jasper também possuía o dom da premunição, pois ele acertou em cheio: Meu queixo foi ao chão quando, diante de nós seis, um Porsche 1001 Ztx Quantum* se revelou em todo o seu brilho e esplendor azul marinho. Era um sonho de consumo, em todos os aspectos. Nenhum dos carros naquele depósito se comparavam a ele. Fiquei tonto ao imaginar as cifras no contrato de compra daquela preciosidade automobilística. Os demais pareceram nem se afetar, mas eu vi a satisfação de Jasper ao perceber minha expressão catatônica.

– Eu não te disse?!

O homenzinho voltou a ficar impaciente.

– Pronto, está tudo feito! Os documentos estão dentro do porta-luvas, todos em nome da srta. Renesmee Carlie Cullen – ele fez uma careta ao pronunciar o nome.

E eu dei um salto ao escutá-lo. Então aquela máquina era um presente para Nessie?! Mas eu nem tinha idéia que ela já sabia dirigir...

– Eu sei o que você está pensando... – Emmet sussurrou pra mim, frustrado – É um tremendo desperdício dar essa obra de arte de presente para uma criança de sete anos, que mal saiu das fraudas! Mas, eu tenho que admitir que ela é uma excelente aluna. Edward nem teve o trabalho de lhe ensinar os macetes. Ela se virou muito bem sozinha na primeira aula de direção que eles tiveram.

Eu não tinha condições de acompanhar o ritmo daqueles vampiros. Era muita extravagância junta em um lugar só. Vi pelo canto dos olhos Edward entregar um envelope ao senhor.

– Aqui está! 10 mil dólares, que incluem uma compensação pelos inconvenientes – ele disse, como se não fossem nem 10 centavos. Aquele desdém pelo dinheiro chegava a ser pecaminoso. Os olhos do homem se iluminaram de incredulidade e alegria. Acho que ele não sabia que ia sair ganhando tanto quando aceitou fazer o favor.

– Santa mãe de Deus! Eu nem acredito nisso. Você estava falando sério mesmo quando disse que sabia ser generoso. Eu não devia aceitar isso... – ele falou somente por educação, é claro

– Ora, o que é isso Roger?! Não é nada demais! – Carlisle disse. Ele estava precisando de um choque de realidade com urgência...

O gorducho decidiu não insistir mais e colocou o envelope no bolso, não tirando a mão de cima dele até que nos despedimos. Ele entregou as chaves para Edward. Emmett, Jasper, Carlisle e eu voltamos para o carro. Edward viria pilotando o Porsche logo atrás de nós. Entrei em silêncio, enquanto eles se divertiam tagarelando sobre a potência do motor de 1400 cavalos que o Quantum tinha. Suas vozes iam se distanciando mais e mais, conforme a minha incredulidade aumentava. Que tipo de gente era essa que dava uma máquina mortífera a uma criança, sem nem pestanejar?! Nunca deixaria de me surpreender com aquela família... Em dado momento, Carlisle se virou para trás para analisar minha expressão.

– Muita loucura pra uma madrugada só, né?!

Quando percebi que ele falava comigo, eles já estavam rindo outra vez de suas opiniões sobre pneus com aros de 18 e 22. Me recostei no banco, o cansaço mental me abatendo de vez. Levamos o mesmo tempo para voltar para casa, mesmo que pra mim o percurso tivesse parecido bem mais longo...

Saí do carro com má vontade e deixei os rapazes em suas considerações finais sobre a indispensabilidade de vidros anti-mísseis, indo em direção à entrada. Já eram 4:15 da manhã e continuar junto a eles implicava em gasto de energia e neurônios que eu certamente já não teria acesso àquelas horas. Foi um alívio retornar ao interior da mansão, mesmo começando a perder a capacidade de sustentar minhas pálpebras. Me joguei no sofá, sem me importar com o fato de que o peso do meu corpo atingindo o móvel àquela velocidade poderia tê-lo desmontado completamente. Felizmente, ele resistiu ao impacto.

Estava quase cochilando, quando Bella veio ver como eu estava.

– Me desculpe por isso, Jake! Eu sei como é assustadora a falta de limite de nossa família...

– Ah, não se importe com isso – minhas palavras saíram entre um bocejo – eu já vivi o suficiente para saber que vacas podem voar de vez em quando...

Eu estava completamente desanimado. Quem poderia competir com um presente daquele?! Meu pobre painel iria parecer um insulto quando eles mostrassem aquele carro para ela. Minhas preocupações deviam estar muito evidentes, por que Bella disse imediatamente após eu ter enfiado a cabeça entre as pernas.

– Não se preocupe! Não tenho nenhuma dúvida de que, ainda assim, ela vai preferir o seu presente! – sua voz tinha aquele “q” de mãe que conhece a cabeça da filha.

Alice, que tinha aproveitado minha ausência para ter alguns vislumbres da nova festa, estava passando por nós quando Bella falou aquilo.

– Realmente, é exatamente isso que vai acontecer... Eu não entendo vocês – ela resmungou com sua voz musical, claramente se referindo à Bella e Renesmee – Sempre preferem trabalhos manuais à encomendas sofisticadas. É tão frustrante...

Nós dois rimos da cara dela e ela deu de ombros, indo ver se Jasper já tinha algum tempo disponível, para eles “conversarem”. Bella me perguntou se eu não queria um travesseiro ou coisa do tipo, mas eu já não estava conseguindo diferenciar o real do sonho, então só respondi que não e apaguei, vencido pelo sono. Precisava descansar. Amanhã seria um grande dia!


* o Porsche 1001 Ztx Quantum é um carro meramente fictício.

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