Capitulo 9 – Lembrando
-Eu tenho que me lembrar que você é meio humano.
Eu lhe disse quando o dia amanheceu.
-Eu não me lembro de nada quando estou com você minha linda.
Então esse nome me trouxe tudo o que eu queria saber, apertei minha cabeça com minhas mãos, e não pude segurar um grito sufocado. Tudo passou na minha frente como um filme, meus pais, meus dois irmãos mais novos, me lembrei de nós três jogando futebol no quintal de nossa casa, minha irmã e eu no shopping, os conselhos de minha mãe, e quando eu tinha pesadelos, mesmo eu já tendo dezessete anos meu pai me colocava no colo e cantava pra que eu pudesse dormir, me lembrei de todas as lendas sobre vampiros, lobisomens e todos os seres mitológicos que ouvi desde que nasci, e então me lembrei do acidente.
Flash Black
Mais uma viajem atrás das historias do papai, mais nós não nos importávamos pois assim estávamos juntos e felizes.
-Shi!!!
Meu pai falou enquanto cantávamos alegremente e um silencio se fez imediatamente.
-O que ouve?
Perguntei ao papai.
-Estamos sendo seguidos.
Imediatamente todos nós olhamos pros lados, procurando alarmados imediatamente, mais pelos visto ninguém viu nada.
-Tem certeza querido?
Minha mãe lhe perguntou e sua resposta foi.
-Fechem as janelas.
Apesar de não termos visto nada, obedecemos imediatamente, ao me virar para fechar minha janela o vi, ele era incrivelmente lindo, sua pele era muito branca, o cabelo mogno eram quase preto e seus olhos eram vermelhos com a beirada preta, um grito agudo escapou da minha boca e eu pulei em cima do Gui e todos olharam pra mim e depois pra janela e a ultima coisa que me lembro foram os gritos e meu corpo batendo no teto do carro.
Abri meus olhos e vi ao longe o vampiro largando o corpo morto do meu pai, ao redor e vi que minha mãe também estava morta, ele se levantou e caminhou até a Bia e pegou sua cabeça.
-LARGA ELA.
Eu gritei com todas as forças que possuía, ele a largou e caminhou na minha direção, seus olhos estavam vidrados em mim, ele se abaixou e então soltou o ar pesadamente, eu me encolhi instintivamente.
-Não tenha medo eu não vou matá-la.
E então ouvimos varias vozes, ele me jogou nas costas e correu, naquela a única coisa que eu pensava era que meus irmãos estavam salvos. Depois de meia hora paramos em uma choupana velha com trapos pelos cantos, meu corpo estava doendo muito e minha roupa suja de sangue, ele me deitou, colocou sua boca em meu pescoço, deu beijo e me mordeu, mais ao invés de sentir meu sangue sendo drenado, senti algo sendo ejetado pra dentro de mim.
-Você não vai sentir dor.
E então uma nevoa tomou meu corpo, e não senti as dores, ou a queimação que começou antes dele falar aquilo, era como se eu estivesse anestesiada, mas essa anestesia não me fazia esquecer a visão dos meus pais mortos, meus irmãos muito machucados. Eu queria esquecer, eu queria muito esquecer.
Fim do Fhash Black
Ouvi um grito estridente e só me dei conta que vinha de mim quando percebi as mãos de Seth me balançando.
-O que ouve, Angel me diz, o que ouve?
Ele estava desesperado, e a única coisa que saiu foi.
-Eu me lembrei.
Seth me abraçou, e me manteve ali por um bom tempo, até que eu consegui falar.
-Eu me lembrei de tudo.
-Me conte.
Eu assenti mais decidimos voltar e assim contar pra todos de uma vez. Assim que chegamos vimos algumas peças de roupas pendurada na arvore próxima a casa, todos já estavam nos esperando eu contei tudo o que tinha lembrado, meu nome Angel Francis, meus pais eram Ariane e Gustavo Francis, eu tinha dois irmãos Guilherme de dezesseis anos e Bianca de quinze anos. Contei onde morávamos, que meus pais acreditavam em vampiros e todos os seres mitológicos, então contei sobre o acidente. Percebi Edward prender a respiração quando viu minhas memórias e falou em um suspiro.
-Alec.
Todos o olharam, e o ódio percorreu o meu corpo.
-Vocês o conhecem?
Perguntei por entre os dentes, Seth envolveu minha cintura e me puxou para seus braços, eu encarei Edward esperando uma resposta.
-Ele é um Volturi.
Lembrei-me de tudo que eles haviam me dito sobre os Volturis e me irei ao pensar que um deles havia matado meus pais, mais isso não iria ficar assim, Volturi ou não ele iria pagar pelo que fez.
-Calminha ai Angel, eu sei que é o horrível tudo que você lembrou mais você tem que ir com calma.
As palavras de Edward não me acalmaram, então senti uma paz me invadindo e me deixei acalmar por Jasper. A mão do Seth acariciando meu rosto também ajudou a me acalmar. Edward ficou com o olhar pensativo e depois disse.
-Carlisle acho que eu sei o motivo da amnésia da Angel.
Carlisle o olhou e ele prosseguiu.
-O dom da Angel juntamente com o do Alec causou isso.
Todos o olharam e eu compartilhei essa certeza, eu também imaginei isso desde que me lembrei o meu passado. Carlisle pensou um pouco e disse.
-Você tem razão Edward...
Ele foi interrompido por uma alegre Alice.
-Ok, chega de coisas triste Angel vem, Esme e eu arrumamos a casa de perto de Lá Push pra você, quer dizer, pra vocês.
Ela disse sorrindo e apontando pra mim e o Seth. Todos dispersaram rapidamente e eu e Seth a seguimos. A casa era linda, pequena, pintada de branco, na frente via se uma porta e uma janela, tinha um muro baixo ladeando um jardim de flores. A casa tinha dois andares e no andar de cima tinha uma sacada. Ela nos olhou com um sorriso satisfeito.
-Fiquem a vontade.
Ela disse nos entregando as chaves da casa. Olhei para Seth e ele também sorria abertamente, ele abriu a porta e me pegou no colo enquanto entrava na casa, ele me beijou intensamente e me colocou no chão. Estávamos em uma sala aconchegante, com uma lareira e uma escada larga de dois degraus, da sala entravamos em outra sala com uma mesa de vidro, alguns quadros, e um aquário grande com vários peixes, olhei de relance pra outra sala que era uma cozinha toda equipada, da sala de estar tinha uma escada que dava pro segundo andar, ao terminar a escada estávamos em um corredor com quatro portas e no final a sacada, de um lado do corredor tinha dois quartos menores e do outro lado um pequeno e outro enorme, com uma cama de casal toda trabalhada no centro do quarto, um puff vermelho no pé da cama e um tapete branco, o closet era enorme, e no banheiro tinha uma belíssima banheira. Seth sorria de orelha a orelha, e não pude evitar meu sorriso também. Ele me abraçou e me beijou, então eu pensei em algo importante que já havia me incomodando enquanto vinha pra cá.
-Seth você vai morar aqui comigo?
-Claro amor.
Ele disse abraçado a mim, o meu silencio o fez me virar e me olhar.
-Isso é, se você quiser.
O meu sorriso foi enorme, isso era mais do que eu podia esperar, se minha mãe estivesse... o meu sorriso morreu quando eu me lembrei da minha mãe e todas as nossas conversar, Seth lógico percebeu minha mudança, ele puxou meu rosto pra cima para que eu pudesse olhar nos seus olhos.
-O que ouve?
-Minha mãe sempre dizia que eu só deveria me entregar a quem eu amasse verdade.
Eu vi nos seus olhos que ele entendeu errado minhas palavras, então eu logo as concertei.
-Eu amo você Seth, com todas as minhas forças, mais eles não aprovariam nós dois morando juntos se estivessem aqui.
A frase morreu na minha boca porque a fixa finalmente caiu, eu percebi que eles não estavam e que nunca mais iriam estar. Seth me abraçou novamente e nós guiou até o quarto, nós nos deitamos e ele me abraçou em silencio e isso era tudo que eu precisava no momento.
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