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ENTREVISTA: CHRIZ WEITZ

terça-feira, 27 de outubro de 2009


O homem por trás de “American Pie” e “About a boy”, não era a escolha óbvia para assumir “A Saga Crepúsculo: Lua Nova”, o segundo romance do fenômeno adolescente sobre vampiros escrito por Stephenie Meyer.
Mas, Chris Weitz, que também escreve e produz, às vezes com o irmão Paul, havia feito uma adaptação de fantasia no filme de 2007 “A Bússola de Ouro”, e sentiu uma conexão com o assunto. No dia 20 de Novembro, os fãs de Crepúsculo — e a Summit Entertainment, que está lançando o filme — determinarão se ele estava apto para a tarefa.

The Hollywood Reporter: Porque você quis fazer um filme de Crepúsculo?
Weitz: A totalidade do filme, que tem muito a ver com corações partidos, desejo, depressão, reunião e êxtase — essas são emoções que me tocam. Eu realmente amei o eleco; Kristen (Stewart) e Rob (Pattinson) são excepcionalmente talentosos. E eu queria colocar a minha mão na massa novamente. Havia muito nesse filme que eu sabia como fazer: a combinação de contar uma história baseada em um livro e também lidar com efeitos especiais e atores jovens.

THR: E quanto a acrescentar um gênero de filme diferente ao seu currículo?
Weitz: Torna-se um pouco chato permanecer em uma única área. Eu gosto da ideia de trocar os gêneros e diferentes tipos de histórias para manter as coisas interessantes. Mas, isso talvez não me torne memorável como um diretor, eu acho. Não existem muitos diretores que tornam-se notáveis, eu suponho. John Ford fez todos os tipos de filmes. Billy Weider também. Mas eles são lembrados por um único gênero em particular.

TRH: Então como você quer ser lembrado?
Weitz: Eu não tenho certeza. Eu não acho que eu tenha que ser lembrado. Eu vou estar morto mesmo! (risos)
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THR: E quanto a acrescentar um gênero de filme diferente ao seu currículo?
Weitz: Torna-se um pouco chato permanecer em uma única área. Eu gosto da ideia de trocar os gêneros e diferentes tipos de histórias para manter as coisas interessantes. Mas, isso talvez não me torne memorável como um diretor, eu acho. Não existem muitos diretores que tornam-se notáveis, eu suponho. John Ford fez todos os tipos de filmes. Billy Weider também. Mas eles são lembrados por um único gênero em particular.

TRH: Então como você quer ser lembrado?
Weitz: Eu não tenho certeza. Eu não acho que eu tenha que ser lembrado. Eu vou estar morto mesmo! (risos)

THR: O quanto você interagiu com Stephenie Meyer?
Weitz: Muito; nós tivemos uma colaboração muito boa. Crucialmente, ela me aprovou como diretor, mesmo sem ter que fazer isso. Nós tivemos algumas discussões que foram muito importantes — eu tive que convencê-la que eu não queria pegar “o bebê” dela e sair correndo com ele, ou contar uma história oposta ao espírito do que ela estava tentando dizer. Nos últimos poucos filmes que eu fiz, eu adaptei propriedades literárias para as telas, então foi assim que eu tratei desse. Nós seguimos juntos como uma casa em chamas.

THR: Que tipo de sugestões ela deu a você?
Weitz: Normalmente, eu enviava e-mails e recorria a ela, quando eu achava que estava prestes a cometer um erro, tudo desde o poder de um vampiro até o visual de uma cena em particular, ou como ela imaginava que um determinado local deveria ser. E, às vezes, quando eu sentia que estava criando algo novo dentro do esquema que ela havia montado, eu me certificava de que ela estaria ciente e que isso não a aborreceria.

TRH: Por exemplo?
Weitz: Um bom exemplo é a sede dos Volturi. A família mais antiga de vampiros vive na Itália, e era importante para mim que não houvesse nada que lembrasse qualquer outro filme de vampiro. Então, a parte interna foi produzida com um estilo Renascentista bastante clássico, muito translúcido, muito claro, algo que você normalmente não espera de um filme de vampiros.

TRH: Falando na Itália, como você lidou com o problema do seu galã estar fora da maior parte do livro?
Weitz: Existem dois galãs nesse filme, não apenas Rob mas também Taylor Lautner. Parte do foco era que Edward havia ido embora. Os leitores do livro sabem disso e apreciam isso. A história é sobre a perda e dor no coração; ele é representado como uma ausência. Bella está sempre pensando nele e está sendo afetada por ele. O retorno dele no filme é muito forte e triunfante, pois não deixou as coisas repetitivas. E a metade do filme é sustentada pela interpretação incrível de Kristen Stewart e por Taylor Lautner desempenhando um adorável trabalho como o melhor amigo dela. Existem pessoas que adorariam nada mais que apenas duas horas do Rob parado lá, e eu concordo com elas. Mas eu acho que elas vão gostar de tê-lo de volta após o segundo ato.

THR: Então, você não alterou a história de forma alguma?
Weitz: Não. Nós não queríamos enfiá-lo na história. Eu alterei o visual da história, no sentido que no livro a personagem de Kristen tem alucinações auditivas — ela houve a voz dele — e nós construimos um efeito muito bonito e sutil para que nós também possamos vê-lo. Mas esses são momentos breves, e até impactantes. Muito do filme é sustentado pela perda dela, e Taylor ajudando a trazê-la de volta à vida.

THR: O quanto você interage com os Twi-hards?
Weitz: Bem pouco. Eu não tenho uma relação online direta com os fãs; eu estava muito ocupado fazendo o filme. Mas eu sinto que cada pequena cena que eu libero, é uma forma de falar com os fãs. Eu só me dirigi diretamente aos fãs duas vezes: no começo, quando eu disse “não se preocupem, eu não vou tomar esse livro”, e para responder a um rumor absurdo que todos os Volturi estariam nus na cena introdutória. Mas eu ouço o que eles tem a dizer através de pesquisas na internet. Eu não fiz isso muitas vezes enquanto nós estávamos gravando, pois eu não queria ser influenciado de nenhuma maneira. Seria como um político que apenas segue o resultado das enquetes. Mas, agora que o filme está completo, eu me divirto visitando os sites e vendo do que eles gostaram.

TRH: Qual o seu blog favorito sobre Crepúsculo?
Weitz: Eu não tenho um favorito. Todos os blogs, de uma forma prazerosa e não competitiva, copiam e colam links para o material um do outro. Então, se algo está num blog, é bem provável que também esteja no outro. Eu acho ótimo que existam sites de fãs que não estão lá para ganhar dinheiro, mas para expressar entuasiasmo por esses livros e filmes e eles estão contentes em dividir informações uns com os outros.

THR: Baseado no sucesso do primeiro filme, as pessoas estão esperando um outro grande filme. Como você cria a sensação de um grande filme, quando não há um grande orçamento?
Weitz: O orçamento não é um grande orçamento; não precisa ser. Acontece que foi muito eficiente para os efeitos especiais. A chave também foi programar o orçamento e agendar as filmagens na Itália. Nós cortamos tudo o que era possível.

THR: É verdade que você recebeu uma oferta para dirigir o quarto filme de Crepúsculo?
Weitz: Nenhuma oferta oficial foi feita. Os fãs ficaram animados com as cenas e o trailer e o estúdio responde a isso sentindo-se feliz comigo. Nós teremos que ver o que as pessoas acham do filme completo, não apenas o estúdio mas também os fãs, antes que o veredicto seja dado, sobre se eu vou ou não dirigir o quarto filme. David Slade está fazendo um ótimo trabalho no terceiro filme, e quando o filme for lançado ele será o assunto do momento.

THR: O que realmente aconteceu para sustituirem Rachelle Lefreve em Eclipse?
Weitz: Eu não sei muito mais que todo mundo sobre porque isso aconteceu. Eu acho que foi um conflito de horários. Eu me sinto péssimo por Rachelle, enquanto ao mesmo tempo eu acho que Bryce (Dallas) Howard é uma atriz magnífica. Ela fará um trabalho maravilhoso.

TRH: Esse é uma resposta muito chiché. Você está sendo treinado?
Weitz: Não, eu realmente acho que Rachelle é muito boa e muito talentosa, e esse não é o fim do mundo para ela. Eu acho que ela continuaria sendo uma ótima Victoria, mas existem outros personagens que ela também interpretará muito bem.

Tradução: Bianca Chiesa//Portal Twilight
Fonte: aqui

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